sábado, 21 de dezembro de 2013
domingo, 1 de dezembro de 2013
Feira do Troca em Olhos D'Água
Hoje é dia de festa em Olhos D'Água-GO, pequena localidade pertencente ao município de Alexânia-GO, distante cerca de 90 km de Brasília.
Este ano não pude estar presente na feira e por isso aproveito a data para relembrar a história desse evento idealizado pelo professor Armando Faria e Laïs Aderne. Registrei o depoimento do prof. Armando, em junho de 2012, na sua casa, na véspera de mais uma Feira do Troca.
Este ano não pude estar presente na feira e por isso aproveito a data para relembrar a história desse evento idealizado pelo professor Armando Faria e Laïs Aderne. Registrei o depoimento do prof. Armando, em junho de 2012, na sua casa, na véspera de mais uma Feira do Troca.
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
Enfim a aposentadoria
Colegas e amigos,
Estou me desligando do Programa de Pós-Graduação em Comunicação - PPGC/UFPB e agora assumo definitivamente e de fato a minha aposentadoria na UFPB, sim na UFPB, onde mesmo aposentado permaneci, por mais de três anos, como professor colaborador do PPGC.
De qualquer forma, não vou ficar de pijama sentado na cadeira esperando o tempo passar, continuarei atuando nas minhas pesquisas no campo da folkcomunicação e das culturas populares/folclore, dedicando mais tempo às publicações no meu "FolkMídia" sem me afastar dos eventos científicos e culturais e, com a colaboração dos associados, tentar a reativação da Comissão Paraibana de Folclore.
Agradeço a todos o apoio que sempre recebi nas minhas atividades profissionais nesses longos anos de convivência como professor e pesquisador, que muito contribuiu para o meu amadurecimento intelectual.
Cordial abraço do agora Professor Associado Aposentado da UFPB.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Patos comemora 110 anos de cidade
Hoje acordei com uma
saudade danada da minha querida Patos, que chega aos 110 anos de elevação à
categoria de cidade, como um importante polo de desenvolvimento do Estado e
como sede Geoadmistrativa da 6ª Região que converge mais de 22 municípios.
Patos, com seus mais de 100 mil habitantes é, também, um centro de referência
de ensino médio e universitário, mas que ainda sente a falta de um museu e um
teatro que dignifique a produção e divulgação artística da cidade e até mesmo
da região.
Entravam prefeitos e saiam prefeitos,
promessas e mais promessas eram feitas e a cidade ia ficando adulta e omissa em
relação ao seu desenvolvimento cultural. Não podemos compreender desenvolvimento
socioeconômico e educacional fora do contexto do desenvolvimento cultural. Ou
seja, educação e cultura são coisas indissociáveis, estão imbricadas uma na
outra.
Acordei sim, com uma
saudade danada e por não estar lá para ser testemunha ocular da assinatura da Ordem
de Serviço para a construção do Teatro Municipal Governador Ernani Satyro. São
110 anos de elevação à cidade e foi na casa da Rua Pedro Firmino de número 110,
bem em frente ao Cine Teatro Eldorado, que nasci e passei um boa parte da minha
vida, assistindo e dando a minha contribuição, mesmo que pequena, ao
desenvolvimento cultural da minha querida Patos das Espinharas. Foi no Eldorado
que com o Teatro Amador de Patos, e a colaboração e grande incentivo do “seu”
Agripino Cavalcanti, encenamos várias peças como "Canudos", “Auto da compadecida”, “Cuidado
senão eu conto”, “Morte e vida Severina”, entre outras.
Parabéns prefeita
Francisca Motta por importante atitude. O seu nome ficará na história da cidade
por muitas gerações e por corrigir essa lacuna na área cultural.
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
Festa dos Tabuleiros em Tomar: uma celebração ao Divino Espírito Santo
A Festa dos
Tabuleiros em Tomar (Portugal), que acontece de quatro em quatro anos, é uma
das maiores manifestações religiosas ao Divino Espírito Santo, em toda a
Península Ibérica. A última festa aconteceu de 2 a 11 de julho de 2011 e eu
estava lá para acompanhar e registrar os grandes momentos. Realmente
impressiona o envolvimento da comunidade e da cidade na organização e
realização da festa sagrada e profana.
Tomar é uma das mais antigas cidades de Portugal, nasceu próximo ao rio Nabão, pertence ao Distrito de Santarém, sua fundação não tem uma data exata, porém há registro que os primeiros edifícios foram erguidos por volta de 1160. A cidade se desenvolveu no entorno do Castelo Templário e do Convento de Cristo. Destacam-se ainda, como monumentos importantes, as igrejas de São João Batista, de Santa Maria dos Olivais, a de Santa Iria e o aqueduto, entre outros.
A cidade de Tomar, distante 117 quilômetros de Lisboa, 68 de Santarém e 21 de Fátima, com fácil acesso de automóvel, de ônibus ou de trem, está no roteiro turístico do patrimônio mundial, no caminho dos tesouros dos Templários, da demanda do Graal e da Fé. É nesses cenários entre ruas, praças e pontes antigas que acontece a Festa dos Tabuleiros.
O homem comemora há
centenas de anos os seus ritos de passagem e relembra as suas datas festivas
sagradas, profanas e de agradecimento aos deuses pagãos. Essas evoluções e
evocações chegam até os dias atuais já incorporadas aos nossos calendários de
tradição religiosa e festiva do catolicismo popular, que se espalharam por toda
a Península Ibérica e chegam ao Brasil com os colonizadores portugueses.
Ao longo do tempo essas
práticas sempre fizeram parte dos processos das transformações culturais e
religiosas da sociedade humana e das suas relações simbólicas, dando origem aos
diversos protagonistas e suas performances nos festejos populares.
As festas populares tradicionais são acontecimentos identificadores dos fatos locais, são celebrações simbólicas das diversas relações sociais vivenciadas por uma comunidade nos territórios sagrados e profanos. É nas observações e nas interpretações das festas populares que se descobre os códigos, as regras e os estatutos construtores do ensinar e aprender as diversidades da cultura, consequentemente, o desenvolvimento da identidade de um povo.
As festas populares rurais e urbanas passaram e continuam passando por importantes transformações culturais nos diferentes momentos da história da sociedade humana, num passado mais remoto, com a instituição da quaresma, depois com as navegações e os grandes descobrimentos de novas terras.
Ou seja, o mundo está constantemente criando, reinventando novos significados culturais através das festas sagradas e profanas, agora inseridas cada vez mais no contexto da sociedade midiatizada.
Ou seja, o mundo está constantemente criando, reinventando novos significados culturais através das festas sagradas e profanas, agora inseridas cada vez mais no contexto da sociedade midiatizada.
Sem dúvida as festas populares não poderiam ficar fora desse novo contexto de produção e consumo de bens culturais locais e globais da sociedade contemporânea.
As manifestações culturais tradicionais dos ciclos: natalino, carnavalesco, pascal e junino, entre tantas outras festas populares, são “afetadas” cada vez mais pelos interesses da indústria cultural. Mas, mesmo assim, continuam mantendo suas tradições e vivendo experiências novas, como sempre foi nos diferentes tempos históricos e culturais.
A Festa dos Tabuleiros, uma antiga celebração ao Divino Espírito Santo
na sua forma mais tradicional acontece deste o século XII, tem suas origens nas
tradições das festas pagãs aos deuses da natureza, possivelmente nas festas das
colheitas para a deusa Ceres e depois cristianizada pela Rainha Santa D. Isabel
de Portugal.
O grande momento da festa acontecia no Domingo de Pentecostes, quando ricos e pobres celebravam o dia da igualdade de todos perante Deus, era uma comemoração de ação de graças e de oferendas. Ao longo do tempo a festa foi ganhando novos significados, outras características e, na atualidade, é um megaevento, um grande espetáculo midiático e turístico.
Mas, mesmo assim, na sua estrutura, na sua organização existem traços
fortes das tradições mais remotas, dos significados que cada cerimônia
simboliza em homenagem ao Divino Espirito Santo.
O período mais intenso da festa é no mês de julho, mas o início das festividades acontece com o desfile das Coroas e Pendões do Espírito Santo no Domingo de Páscoa pelas ruas onde o Cortejo dos Tabuleiros passará na época da festa propriamente dita e já com as ruas tradicionalmente ornamentadas.
O grande momento da festa acontecia no Domingo de Pentecostes, quando ricos e pobres celebravam o dia da igualdade de todos perante Deus, era uma comemoração de ação de graças e de oferendas. Ao longo do tempo a festa foi ganhando novos significados, outras características e, na atualidade, é um megaevento, um grande espetáculo midiático e turístico.
Chama atenção é que o tabuleiro deve ter o tamanho da moça que o conduz na cabeça durante todo o desfile de aproximadamente 5 quilômetros, acompanhada por um rapaz “o ajudante” que a auxilia na condução do tabuleiro.
O início do cortejo é anunciado pelo pipocar dos fogos e a música das filarmônicas e dos gaiteiros.
Vale a pena conhecer a cidade histórica de Tomar em qualquer época, mas na Festa dos Tabuleiros a cidade ganha um colorido todo especial, as ruas enfeitadas, músicas tradicionais e contemporâneas enchem seus espaços de alegria, a sua rica gastronomia regada com bom vinho e azeite e o afeto dos seus habitantes encantam a todos que a visitam.
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