Ir à cidade de Natal e não
visitar o LUDOVICUS – Instituto Câmara Cascudo é algo do tipo “ir a Roma e não
ver o Papa”. Professor e folclorista potiguar Câmara Cascudo, falecido em 1986,
tem como uma de suas obras mais conhecidas o Dicionário do Folclore Brasileiro,
de grande referência no estudo da cultura popular, hoje já em sua 12ª edição.
Visitar o instituto
instalado na casa onde morou o seu patrono, na av. Câmara Cascudo, 377 – Cidade
Alta – Natal/RN, é sentir bem de perto a sabedoria, a riqueza cultural e
científica que marcaram a vida e obra desse notável mestre. Além disso ainda a
satisfação de por lá encontrar a filha, Anna Maria Cascudo Barreto (presidente)
e a neta Daliana Cascudo Roberti Leite (Diretora Administrativo-Financeira).
Pelo mobiliário exposto se pode imaginar a presença de outros notáveis
que por ali passaram e que com certeza desfrutaram da sabedoria do professor
Câmara Cascudo. Ali se pode vivenciar, no imaginário, o mundo que Cascudo viveu
ao qual se adiantou algumas décadas da sua época. E nas paredes da sala da
biblioteca onde Cascudo passava grande parte de seu tempo estão inúmeras
assinaturas de personalidades que o visitaram, entre elas Mário de Andrade,
Gilberto Freyre, Carlos Drummond de Andrade, Juscelino Kubitchek, Ari Barroso,
Villa Lobos, Assis Chateaubriand, Luiz
Gonzaga, Jorge Amado e tantos outros nomes que aqui tomariam páginas.
Enfim, visitar o instituto é viajar
no tempo, beber, comer e respirar da sabedoria que emana da grandiosa obra e do
mundo que cercou o notável brasileiro que, entre outras áreas, muito contribuiu
para a valorização da cultura popular brasileira.
Veja detalhes em http://www.cascudo.org.br
Fazenda/Engenho Bom Jardim
Trata-se de uma propriedade
localizada no município de Goianinha, Rio Grande do Norte, integrante do
roteiro de turismo rural e gastronômico potiguar. Ali se encontra em excelente
estado de conservação a casa sede construída por volta de 1850, pelo coronel
Bento de Araújo Lima e hoje sob os cuidados dos herdeiros.
A casa é habitada e gerida por
Dona Helena, 91 anos, que conserva o mobiliário em sua maioria original da
época. Uma das peças mais acarinhadas é a escrivaninha também utilizada pelo
escritor Mário de Andrade, quando ali ficou hospedado em 1928, acompanhado de
Câmara Cascudo, época em que fazia uma pesquisa musical e etnográfica pelo
Nordeste.
Os visitantes são recebidos
por dona Helena, figura ágil, simpática, falante e que gosta de relembrar
gloriosos momentos daquele lugar. A visita é programada e pode se fazer passeio
a cavalo, caminhada na trilha da mata nativa e passeio até ao engenho Mucambo
onde são produzidas artesanalmente as cachaças Maria Boa e Mucambo.
Grande diversidade de plantas e flores típicas da região decoram o ambiente do galpão transformado em restaurante, onde é servido um cardápio com diversos pratos regionais entre eles a tradicional galinha caipira, purê de macaxeira, arroz de leite e feijão verde, sem esquecer a tradicional paçoca.
Atualmente a sede da fazenda
Bom Jardim é tombada pelo Patrimônio Histórico do Rio Grande do Norte.