DParóquia de São José - João Pessoa/PB |
Mas
tudo isso tem significado e sentido que vem das antigas práticas de celebrações
culturais e religiosas dos povos pagãos para celebrar as mudanças das estações
do ano. Ao longo do tempo essas práticas de celebrações com festas sagradas e
profanas - (verão, outono, inverno e primavera)
- sempre fizeram parte dos processos das transformações culturais e religiosas
da sociedade humana. Portanto, são essas práticas dos povos antigos que vêm
sendo resinificadas desde a Idade Média até os dias atuais – na Idade da Mídia – com suas diversidades
nacionais, regionais e locais recheadas desses novos significados e sentidos impregnados
de apropriações e incorporações de valores simbólicos de bens religiosos e de
consumo exigidos pelas demandas da sociedade midiática.
A
religiosidade popular, desde a antiguidade, sempre foi alimentada pela
criatividade, pela espontaneidade e pela aculturação dos seus seguidores que,
através dos longos anos de peregrinações rumo aos lugares sagrados, contavam as
histórias de vida nas feiras, nas procissões, nos pagamentos de promessas, nas
festas religiosas da piedade popular e em tantas outras atividades da vida
cotidiana fortemente marcada com a presença da igreja na Idade Média.
Os
peregrinos sempre operaram estratégias de comunicação nas extensas redes
mnemônicas da oralidade, muitas vezes dissimuladas, astutas, camufladas, como táticas
de convivências e de conveniências, quando necessário, mas nunca desatentos,
resistindo e interpelando os fatos mesmo entre “a cruz e a espada” da dominação
da igreja no período medieval na Europa. Portanto, os processos de atualizações
das festas religiosas sagradas e profanas são tão antigos quanto a própria
expansão do cristianismo na Península Ibérica.
As
datas das celebrações festivas, sagradas e profanas dos santos e santas do
catolicismo popular, na atualidade passam por importantes transformações que vêm
desde os ritos dos povos nômades – peregrinos
– a caminho da ocupação da Terra Santa de Israel e que se expandem pelos
caminhos rumo a Santiago de Compostela. As redes mnemônicas de comunicação,
assim como as redes folkcomunicacionais continuam influenciando nas estratégias
de importantes transformações nas práticas religiosas e profanas da piedade
popular dos povos ibéricos desde a Idade Média, consequentemente do povo brasileiro
e agora mais do que nunca na Idade da
Mídia.
Dia
de São José é uma data importante para os católicos em diversas partes do mundo
e que persiste celebrada mesmo no contexto da sociedade midiatizada.
Registro oportuno e muito consistente, Osvaldo.
ResponderExcluirAbraço!
Roberto Faustino
visto.
ResponderExcluirespetacular
Itamar de Morais Nobre - Docente/Pesquisador
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - Natal/RN
Maravilha! Escreva, sempre, Osvaldo! Grande abraço! Do amigo, Gadini
ResponderExcluirMuito bonito Osvaldo...v voc sempre presente e atuante em nossa cultura.Encaminhei para todos da minha família,qu q com certeza vao adorar.Abraços
ResponderExcluirParabéns !!!espetacular.
ResponderExcluirDaluz.
Lúcido registro desta sagrada data. Em especial, para os nordestinos brasileiros, submetidos as agruras estacionais da seca.
ResponderExcluirLembrei me dos "Profetas do Tempo", reunidos em Quixadá- CE, expondo suas premonições ancestrais a respeito da bonança climática que há de vir.
Muito importante este registro!
ResponderExcluirInteressante confesso que eu não sabia por não ser um religioso muito bom muito bom muito bom.
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