A pauta de discurso da
atualidade sobre o rumo das cidades para os próximos anos passa
obrigatoriamente pelas questões da diversidade cultural, do desenvolvimento
sustentável e consequentemente da qualidade da produção do conhecimento e dos
negócios. Várias cidades estão realizando simpósios, palestras seminários sobre
as mais diferentes reflexões, sobre suas complexidades e a vida cotidianas dos
seus moradores. Essa é uma agenda obrigatória que se aproxima com as novas
eleições para prefeito nos mais de cinco mil municípios brasileiros. Não é um
debate exclusivo dos grandes centros urbanos até porque as médias e pequenas
cidades, mesmo aquelas nos mais longínquos lugares do nosso território, estão
cada vez mais inseridas no contexto do mundo globalizado. Essa é a hora para se
pensar a cidade e suas relações com as diferentes redes sociais que ocupam os
espaços urbanos e a convivência com a natureza.
O Programa de
Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO/UFMT realizou no dia
12 de abril um colóquio para discutir os diferentes aspectos da cidade de
Cuiabá/MT e mais especificamente o Rio Cuiabá. Foram debatidos temas como
o mito e pensamento científico do Rio Cuiabá, uma análise sobre os preparativos
para a Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá, as tradições culturais das festas
religiosas e profanas com a festa de São Benedito e os festivais do Cururu e
Siriri e tantos outros temas de interesse da cidade.
Pensar a cidade, o seu
planejamento sustentável que respeite os diferentes territórios originais,
tradicionais e modernos, que levem em consideração as culturas endógenas, os
imaginários e os desejos dos seus habitantes. Os espaços da cidade e os espaços
do campo, entre o rural e urbano já não podem ser pensados separadamente.
Melhor dizendo o mundo rural se aproxima da cidade e a cidade do mundo rural.
Não bastam apenas as construções físicas, ruas, casas e prédios, para resolver
possíveis problemas temporários ou permanentes, por que na cidade sustentável,
cada localidade, cada lugar tem algo mais a ser inserido no contexto atual do
mundo globalizado, mas sempre pensando no bem estar dos que nela vivem,
pensando no contexto local.
João Pessoa, por
sua posição geográfica, pelas belezas naturais e pela sua arquitetura, tem
vocação para ser uma cidade criativa, ser protagonista de acontecimentos midiáticos,
turísticos, culturais, esportivos e de negócios. Na era da sociedade
midiatizada e da globalização a cidade tem que ser a dos negócios, da cultura e
da educação, tem que ser a cidade dos espetáculos, da convivência entre a
arquitetura patrimonial e a arquitetura moderna, uma convivendo com a outra,
cada qual nos seus tempo e espaço. Na cidade criativa as políticas econômicas
estão imbricadas nas políticas culturais, nas políticas educacionais, nas
políticas de saúde e nas políticas de segurança. É um grave erro continuar
planejando separadamente essas ações estratégias para uma cidade. Não se pode
pensar em construir uma cidade moderna, uma cidade criativa sem priorizar essas
políticas. Esse é o caminho para que a capital paraibana seja inserida no
contexto das cidades criativas brasileiras e do desenvolvimento sustentável.
Ótima chamada para uma reflexão. abçs.
ResponderExcluirItamar Nobre
Este é um tema super importante, como dica de aprofundamento nestes conceitos - cultura, sustentabilidade, cidades, lembro o livro Contra - usos da Cidade, de Rogério proença Leite.
ResponderExcluirmacao goes