Quim Barreiros faz sucesso nos bailes populares em
Portugal com suas músicas de duplo sentido. Um dos grandes sucessos do cantor
de música bimba portuguesa, nas festas juninas de 2011 foi "A Cabritinha", música
dos brasileiros Amazan e João Gonçalves.
Veja a música cantada por Quim Barreiros:
Agora veja a música cantada por Amazan:
Muito interessante a apropriação e as sutis diferenças.
ResponderExcluirPotente, esse ventilador! Está conseguindo mandar m... daqui para Portugal!
ResponderExcluirOlá professor. Não sei se está lembrado, mas assim como o poeta Amazam eu também sou sanfoneiro e conheço bem de perto essa música. É muito comum nas festas em que eu toco as pessoas chegarem me pedindo essa música, eu sempre reluto educadamente, pois trata-se de um duplo sentido perigoso. O termo "cabritinha" refere-se a meninas jovens, mais precisamente aquelas que estão no inicio da puberdade com os seios ainda em formação. Em função disso alguns homens de má índole costumam a lançar galanteios medíocres do tipo: "o maribondo mordeu minha fia foi? Tô vendo que tá é inchado..." - dizem isso referindo-se aos seios da menina. O termo cabritinha também sempre aparece em circunstâncias desse tipo. É interessante observar que o personagem só começou a mamar em animais por que a "mãe não tinha leite", mas quando ele passou a "mamar nos peitos da cabritinha" o interesse já não era mais o leite, deve ser porisso que ele repete esse verso tantas vezes. Na penúltima estrofe o personagem insinua que a tal cabritinha seria "interesseira", daí retorna-se ao refrão repetitivo e finaliza dizendo "mamo a hora que quero por que a cabrita é minha". Fica clara uma relação de troca desigual, pois além dela ser apenas uma cabritinha, ele mama na hora que quer. Muitas outras músicas de outros artistas me colocaram nesse mesmo drama. Mas como todo trabalhador que tem contas a pagar eu tenho que tocar. E acredite, as pessoas gostam e crianças também.
ResponderExcluirUm grande abraço.
Aldo Marques
Prezado Aldo, também concordo com você e acho que o duplo sentido é esse mesmo. Mas, é bastante tocada aqui e lá em Portugal. Veja essa agora “Ai se eu te pego....”. Você também não acha que tem duplo sentido? Gostei muito dos seus comentários.
ExcluirAbraços
Osvaldo
Essa Musica é boa e Pronto. mais só na voz de Amazan
Excluire cada um interpreta como quiser.
Oiça bem a música versão portuguesa e veja se não é melhor.Óbvio que cada um tem direito há sua opinião mas você também não vai dizer que o Pelé é melhor que o Cristiano Ronaldo embora tenha batido os seus golos em jogos oficiais (sou português e se não fossemos nós você não existiria(só para responder ao meme que nós roubámos o vosso ouro,e nós também estamos pobres por isso não podemos devolver o "vosso" ouro (e o Ronaldo português também é melhor que o Pelé).E o Deus Quim Barreiros tem uma mulher e uma família se calhar estava-se a referir a mulheres e não adolescentes porque ele não é pedófilo.
ExcluirOi professor. Claro que essa música também tem duplo sentido, porém ela não me incomoda tanto quanto a música do amazam que a meu ver incentiva a exploração sexual infanto-juvenil. Nos eventos onde eu toco "ai se eu te pego" as pessoas apontam umas para as outras na hora do refrão. É uma maneira descontraída de dizer "estou afim de você". Sinceramente não vejo problemas nisso, já com música do amazam acho que estão brincando com coisa séria.
ResponderExcluirNão sei se está lembrado, mas por volta de 2002, 2003 foi lançada a música "libera o Tonho que eu te dou dez contos". A música fala sobre o sequestro de um homem chamado Tonho, e que o mesmo só seria liberado mediante o pagamento do valor acima citado. Na verdade a música é um incentivo para que a pessoa se prostitua pelo valor miserável de "dez contos". Arriscaria-me ainda a dizer que existe nessa música uma conotação homossexual visto que em momento algum da letra aparece referencia a uma mulher. E sempre que se falava a palavra "Tonho" às pessoas faziam um gesto com as mãos que lembrava muito o orifício anal.
Não, as pessoas não são ingênuas. Elas apenas não estão interessadas em compreender o "Cálice" de Chico Buarque, mas sim "a cabritinha", o "Tonho", "ai se eu te pego" ente outros enigmas.
Grande abraço.
Aldo Marques