Fotos: Osvaldo Meira Trigueiro
e Rosa de Faria Trigueiro
Piódão é uma aldeia, fundada em 1676, na região Norte de Portugal, localizada no Concelho de Arganil, Distrito de Coimbra, entre a Serra da Estrela e a Serra Lousã, encravada na encosta da Serra do Açor, a uma distância de 345 quilômetros de Lisboa e 202 do Porto. A sua origem vem desde a época medieval, sua população habita casas típicas da região construídas em pedras de xisto e lousa inclusive os telhados, classificadas como imóveis de interesse público. Piódão, também conhecida como “Aldeia Presépio”, integra o projeto Aldeias Históricas de Portugal que tem como objetivo desenvolver o turismo sustentável através de programas de valorização econômica de recursos endógenos. Atualmente o seu conjunto arquitetônico é totalmente preservado, mas integrado aos dias atuais com infraestruturas de redes de esgoto sanitário, de água potável, de energia elétrica e modernas redes de telecomunicações com o mundo globalizado.
Como Aldeia estava no caminho da antiga estrada que ligava Coimbra a Covilhã, por onde passavam os comerciantes vindos do litoral para o interior com mercadorias em cima dos carros de bois, com peixes e sal para negociar com os produtores de queijos, mel, vinhos e outras mercadorias agrícolas. Por sua localização de difícil acesso o Piódão ficou por muito tempo isolado do resto do país tronando-se um refúgio para foragidos da justiça ou da perseguição política. No Piódão viveram, por alguns anos, o famoso bandoleiro Zé do Telhado (uma espécie de Lampião português) e o fidalgo Diogo Lopes Pacheco um dos assassinos de D. Inês de Castro.
Há muitos séculos as encostas da Serra do Açor atraíam grupos de pastores que levavam os seus rebanhos para as ricas pastagens. Diz-se mesmo que esses pastores seriam os Lusitanos, hábeis criadores de cavalos que povoavam a região da Serra da Estrela.
Há muitos séculos as encostas da Serra do Açor atraíam grupos de pastores que levavam os seus rebanhos para as ricas pastagens. Diz-se mesmo que esses pastores seriam os Lusitanos, hábeis criadores de cavalos que povoavam a região da Serra da Estrela.
Com a construção da estrada de acesso em 1972, a Freguesia do Piódão sai do isolamento e atualmente é um emergente destino turístico, histórico e cultural de Portugal. A aldeia tem uma urbanização com características medievais, as ruas são sinuosas nas beiras dos abismos da serra, tem temperaturas bastante frias no inverno, inclusive com muita neve e clima ameno no verão.
Para chegar ao Piódão o visitante precisa subir a serra por uma estrada de 12 km com curvas sinuosas beirando os abismos de um lado e outro, descendo e subindo ladeiras como se fosse uma grande montanha russa, mas bem sinalizada e toda asfaltada. A viagem é uma aventura e em cada curva o viajante tem novas emoções ao admirar as belas paisagens da região.
Na localidade o visitante encontra estacionamento, restaurantes, tascas típicas, áreas para piquenique, artesanato, centro de apoio aos turistas, museu etnográfico que conta a história de suas manifestações culturais tradicionais e um povo muito hospitaleiro. Uma das atrações é o passeio pelas ruelas para observar as casas de pedra e conhecer de perto as pessoas que nelas habitam e ouvir suas histórias.
Sem dúvida o Piódão é uma das mais bonitas aldeias históricas de Portugal. No Piódão o antigo e o novo convivem inseridos nos contextos folkmidiáticos que vale a pena conhecer. Asim é a bela Piódão.
Muito boa a reportagem.
ResponderExcluirParabéns professor pelo Blog.
ResponderExcluirUm abraço fraterno!
Adriana Crisanto
Jornalista cultural e Relações Públicas
Oi, Osvaldo.
ResponderExcluirAcabo de receber as fotos daquele lugar extraordinário que você e Rozinha visitaram.
Fiquei pasma com aquela arquitetura e o material utilizado. Extraordinário perceber que havia quase que um planejamento urbanístico. Percorri a Galícia vendo as aldeias medievais construídas, também, com pedras; mas, não se percebia qualquer idéia urbanística, pois as casa estão dispostas desordenadamente.
Abração.
Maria Thereza
mariatherezc@terra.com.br
Rosinha/Osvaldo
ResponderExcluirNão tendo havido pressa em destruir, há o que ver, admirar, invejar.
Bom Natal!
José Fernando (josefernando47@hotmail.com)
Hummm... (suspiros de uma doce inveja) Que saudade de um lugar que nunca vi, de ares que nunca respirei...
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