segunda-feira, 30 de abril de 2012

Folkcom 2012 de 6 a 8 de junho em Campina Grande


A 15ª Conferência Brasileira de Folkcomunicação é promovida pela Universidade Estadual da Paraíba-UEPB



O evento será realizado de 6 a 8 de junho, em Campina Grande, Paraíba, conjuntamente com o 9º Seminário Os Festejos Juninos no Contexto da Folkcomunicação e da Cultura Popular e terá como tema central Festas juninas na era digital: da roça à rede.

Além do presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) Antonio Carlos Hohlfeldt, já confirmaram a participação renomados conferencistas brasileiros e estrangeiros.

A programação incluirá mesas redondas e palestras com Joseph D. Straubhaar (Universidade do Texas, Estados Unidos), Alberto Pena Rodríguez (Universidade de Vigo, Espanha) e Carlos Nogueira, Lucília José Justino e Luis Humberto Marcos, de universidades portuguesas. “Esse processo de internacionalização da conferência faz avançar, principalmente até o mundo iberoamericano, o debate em torno da importância da folkcomunicação na sociedade global”, ressalta a vice-presidente da Rede Folkcom Maria Érica de Oliveira Lima.

Acesse aqui os detalhes do evento e a programação completa. 

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Pensar a cidade e suas complexidades

A pauta de discurso da atualidade sobre o rumo das cidades para os próximos anos passa obrigatoriamente pelas questões da diversidade cultural, do desenvolvimento sustentável e consequentemente da qualidade da produção do conhecimento e dos negócios. Várias cidades estão realizando simpósios, palestras seminários sobre as mais diferentes reflexões, sobre suas complexidades e a vida cotidianas dos seus moradores. Essa é uma agenda obrigatória que se aproxima com as novas eleições para prefeito nos mais de cinco mil municípios brasileiros. Não é um debate exclusivo dos grandes centros urbanos até porque as médias e pequenas cidades, mesmo aquelas nos mais longínquos lugares do nosso território, estão cada vez mais inseridas no contexto do mundo globalizado. Essa é a hora para se pensar a cidade e suas relações com as diferentes redes sociais que ocupam os espaços urbanos e a convivência com a natureza.


O Programa de Pós-Graduação em Estudos de Cultura Contemporânea – ECCO/UFMT realizou no dia 12 de abril um colóquio para discutir os diferentes aspectos da cidade de Cuiabá/MT e mais especificamente o Rio Cuiabá.  Foram debatidos temas como o mito e pensamento científico do Rio Cuiabá, uma análise sobre os preparativos para a Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá, as tradições culturais das festas religiosas e profanas com a festa de São Benedito e os festivais do Cururu e Siriri e tantos outros temas de interesse da cidade.


Pensar a cidade, o seu planejamento sustentável que respeite os diferentes territórios originais, tradicionais e modernos, que levem em consideração as culturas endógenas, os imaginários e os desejos dos seus habitantes. Os espaços da cidade e os espaços do campo, entre o rural e urbano já não podem ser pensados separadamente. Melhor dizendo o mundo rural se aproxima da cidade e a cidade do mundo rural. Não bastam apenas as construções físicas, ruas, casas e prédios, para resolver possíveis problemas temporários ou permanentes, por que na cidade sustentável, cada localidade, cada lugar tem algo mais a ser inserido no contexto atual do mundo globalizado, mas sempre pensando no bem estar dos que nela vivem, pensando no contexto local. 

João Pessoa, por sua posição geográfica, pelas belezas naturais e pela sua arquitetura, tem vocação para ser uma cidade criativa, ser protagonista de acontecimentos midiáticos, turísticos, culturais, esportivos e de negócios.  Na era da sociedade midiatizada e da globalização a cidade tem que ser a dos negócios, da cultura e da educação, tem que ser a cidade dos espetáculos, da convivência entre a arquitetura patrimonial e a arquitetura moderna, uma convivendo com a outra, cada qual nos seus tempo e espaço. Na cidade criativa as políticas econômicas estão imbricadas nas políticas culturais, nas políticas educacionais, nas políticas de saúde e nas políticas de segurança. É um grave erro continuar planejando separadamente essas ações estratégias para uma cidade. Não se pode pensar em construir uma cidade moderna, uma cidade criativa sem priorizar essas políticas. Esse é o caminho para que a capital paraibana seja inserida no contexto das cidades criativas brasileiras e do desenvolvimento sustentável.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Visita ao Instituto Câmara Cascudo


Ir à cidade de Natal e não visitar o LUDOVICUS – Instituto Câmara Cascudo é algo do tipo “ir a Roma e não ver o Papa”. Professor e folclorista potiguar Câmara Cascudo, falecido em 1986, tem como uma de suas obras mais conhecidas o Dicionário do Folclore Brasileiro, de grande referência no estudo da cultura popular, hoje já em sua 12ª edição.

Visitar o instituto instalado na casa onde morou o seu patrono, na av. Câmara Cascudo, 377 – Cidade Alta – Natal/RN, é sentir bem de perto a sabedoria, a riqueza cultural e científica que marcaram a vida e obra desse notável mestre. Além disso ainda a satisfação de por lá encontrar a filha, Anna Maria Cascudo Barreto (presidente) e a neta Daliana Cascudo Roberti Leite (Diretora Administrativo-Financeira).

Pelo mobiliário exposto se pode imaginar a presença de outros notáveis que por ali passaram e que com certeza desfrutaram da sabedoria do professor Câmara Cascudo. Ali se pode vivenciar, no imaginário, o mundo que Cascudo viveu ao qual se adiantou algumas décadas da sua época. E nas paredes da sala da biblioteca onde Cascudo passava grande parte de seu tempo estão inúmeras assinaturas de personalidades que o visitaram, entre elas Mário de Andrade, Gilberto Freyre, Carlos Drummond de Andrade, Juscelino Kubitchek, Ari Barroso, Villa Lobos, Assis Chateaubriand, Luiz Gonzaga, Jorge Amado e tantos outros nomes que aqui tomariam páginas.

Enfim, visitar o instituto é viajar no tempo, beber, comer e respirar da sabedoria que emana da grandiosa obra e do mundo que cercou o notável brasileiro que, entre outras áreas, muito contribuiu para a valorização da cultura popular brasileira.


Veja detalhes em http://www.cascudo.org.br 


Fazenda/Engenho Bom Jardim



Trata-se de uma propriedade localizada no município de Goianinha, Rio Grande do Norte, integrante do roteiro de turismo rural e gastronômico potiguar. Ali se encontra em excelente estado de conservação a casa sede construída por volta de 1850, pelo coronel Bento de Araújo Lima e hoje sob os cuidados dos herdeiros.


A casa é habitada e gerida por Dona Helena, 91 anos, que conserva o mobiliário em sua maioria original da época. Uma das peças mais acarinhadas é a escrivaninha também utilizada pelo escritor Mário de Andrade, quando ali ficou hospedado em 1928, acompanhado de Câmara Cascudo, época em que fazia uma pesquisa musical e etnográfica pelo Nordeste.

Os visitantes são recebidos por dona Helena, figura ágil, simpática, falante e que gosta de relembrar gloriosos momentos daquele lugar. A visita é programada e pode se fazer passeio a cavalo, caminhada na trilha da mata nativa e passeio até ao engenho Mucambo onde são produzidas artesanalmente as cachaças Maria Boa e Mucambo. 

Grande diversidade de plantas e flores típicas da região decoram o ambiente do galpão transformado em restaurante, onde é servido um cardápio com diversos pratos regionais entre eles a tradicional galinha caipira, purê de macaxeira, arroz de leite e feijão verde, sem esquecer a tradicional paçoca.



Atualmente a sede da fazenda Bom Jardim é tombada pelo Patrimônio Histórico do Rio Grande do Norte.